Há um tempo atrás, o então presidente dos Estados Unidos confessou que ele teve um “relacionamento inapropriado” com Mônica Lewiski, uma estagiária da Casa Branca, e que ele havia enganado as pessoas”. Os cidadãos dos Estados Unidos imediatamente começaram a debater se o Presidente Clinton deveria permanecer no cargo mais alto do país. Alguns disseram que ele deveria ser removido do cargo, enquanto outros diziam que ele deveria pedir para sair. Contudo, uma coisa ficou clara para todos: a geração “baby-boomer” americana havia se acostumado com o engano sendo uma parte normal da vida.
O que é engano e por que ele é tão errado? Como uma pessoa encontra vitória sobre o engano se ele tem sido parte do caráter dela? Primeiro, precisamos entender que a verdade e o engano são incompatíveis. Eles não podem viver na mesma casa. De fato, o engano é geralmente “segurar” a verdade. É dizer a verdade parcial, mas não a “verdade, somente a verdade e nada mais que a verdade”. O engano é um pouco diferente de mentir, visto que a mentira é a contradição direta da verdade. O engano é muito mais sutíl. Ele simplesmente não fala toda a verdade e está, geralmente, enraizado numa ambição egoísta.
A justiça está construída sobre a verdade e, sem ela, não tem como haver a justiça. Uma vez que a verdade está comprometida, então a justiça deixa de existir. É por isso que as ações do Presidente Clinton foram tão graves. Se a verdade não acontece, então todo o sistema americano de justiça entra em colapso. Se isso acontecesse, então seria uma questão de tempo para os Estados Unidos deixar de existir como a nação que lidera os negócios mundiais.
Mas, há algo ainda mais crítico para o cristão. O objetivo na vida do crente é se tornar como Cristo. Uma descrição em particular de Jesus, na Bíblia, me maravilha continuamente. João, inspirado pelo Espírito Santo, descreve Jesus, dizendo que Ele era “cheio de graça e verdade” (Jo. 1:14). Na discussão sobre o Presidente dos Estados Unidos, ouvimos duas vozes distintas. Uma exige a verdade. A outra clama por graça. Uma diz que a justiça é o que importa. A outra clama que o perdão é o que necessita-se.
Mas, quando olhamos para o Salvador, vemos a verdade absoluta e a graça perfeita. Ele carrega a verdade em uma mão e o perdão na outra. Não há verdade parcial ou perdão incompleto Nele. O padrão para o cristão não é o sistema judicial americano (ou qualquer outro sistema político). Não é a opinião das pesquisas populares do dia. O padrão é pureza e perfeição absolutas. Ele é cheio de perdão. É simplesmente Jesus. Não há engano Nele. Ele é a verdade absoluta e total. Se é para conhecermos Seu perdão, então devemos limpar a sujeira nas nossas vidas. Não há espaço para meias-verdades. Elas só levam para a decepção total.
Se é para experimentarmos a vitória sobre o engano, então devemos aprender a ser dolorosamente honestos. João escreveu em sua primeira epístola: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça” (I Jo. 1:8-9). Note como a verdade, justiça e perdão estão interligados nessa passagem e observe como a negação e o engano estão relacionados. A vida cristã vitoriosa é vivida à luz da verdade. A vitória só pode ser vista à luz da verdade.
Por Sammy Tippit – Pastor Batista, Escritor e Conferencista Internacional
