Oração e vitória – Sammy Tippit

6360241238265064991770420607_maxresdefaultHá um relacionamento inegável entre a vida de oração e a vida cristã vitoriosa. Se alguém for olhar a jornada de toda a história da igreja, ele logo descobrirá que os grandes gigantes da fé foram homens e mulheres de oração. Se viajarmos de volta à igreja do Novo Testamento, vamos encontrar um grupo pequeno de pescadores, coletores de impostos céticos e judeus comuns, seguidores de Jesus, que viraram o império romano de cabeça para baixo. Ele balançaram o mundo porque eles ficaram em silêncio reverente na presença de Deus. Eles eram pessoas de oração. Esta era uma das grandes características da igreja no livro de Atos.

Mas, não é somente a igreja histórica e os crentes do primeiro século que encontraram vitória na oração. Mesmo os líderes hebreus antigos caíram ou subiram por causa da oração ou falta dela. Um claro exemplo é o de Uzias. Ele tinha apenas 16 anos quando se tornou príncipe (II Cr. 26:1). Como poderia um adolescente assumir as responsabilidades de um reino? Ele seria o líder maioral – responderia pela economia, transporte, habitação e o bem estar geral de Judá. Parecia uma tarefa impossível para uma pessoa tão jovem.

Contudo, Uzias foi sábio. Ele entendia uma grande verdade, a qual era suficiente para torná-lo um líder bem sucedido. Ele não sabia muito sendo jovem, mas ele conhecia Aquele que era a fonte de todo o conhecimento. Sendo assim, ele se lançou na misericórdia e graça de Deus. A Bíblia diz: “Buscou a Deus nos dias de Zacarias, que o instruiu no temor de Deus. Enquanto buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar” (II Cr. 26:5). Sua vitória residia em sua humildade. Ele sabia que não tinha a habilidade de liderar as pessoas, mas sabia que com Deus nada era impossível.

Entretanto, algo aconteceu conforme Uzias foi experimentando a vitória. Foi algo sutil, mas mortal. A Bíblia descreve a derrota avassaladora que veio a Uzias: “Mas após Uzias se tornar poderoso, seu orgulho levou à sua queda …” (v. 18?). Quando Uzias era jovem e não sabia de nada, ele tinha que ser completamente dependente de Deus. Contudo, ao ele se fortalecer, ele não precisou mais orar. Ele achou que sabia de tudo o necessário para governar o reino por si só e seu orgulho levou à sua derrota.

A experiência de Uzias não é tão incomum assim. Eu percebi que as épocas mais perigosas da minha vida geralmente vinham depois das maiores vitórias. Há um sentimento esnobe, do tipo “eu tenho tudo sob controle”. A verdade é que eu não tenho nada sob controle. Deus tem tudo sob controle e é melhor eu continuar a buscar Sua face e liderança em tudo que eu faço. A oração é expressão externa de um coração humilde. A oração diz: “Deus, eu preciso de Ti. Sem Você, eu não posso fazer nada”. Contudo, uma vida sem oração diz: “eu posso fazer tudo com minhas próprias forças. Eu sei como fazer isso. Eu já fui bem sucedido muitas vezes antes. Eu sei como fazer”.

Geralmente, quando somos jovens no Senhor, nós temos um sentimento intenso da nossa necessidade de Deus. Nós dependemos Dele e Ele nos dá a vitória. Nós buscamos a Deus em oração. Nossos corações buscam a Deus como a corça busca pelas águas. Nós temos fome e sede de conhecer e caminhar na vitória. Mas, após um tempo de vitória, nós começamos a pensar que podemos viver a vida cristã com nossas próprias forças. Uma vez que essa atitude entra no nosso coração, certamente estamos destinados à queda – tão certo como Uzias caiu, nós também cairemos.

É por isso que a oração é tão importante para nós. Não é somente um ritual religioso que Deus espera que realizemos. É um coração que clama a Deus: “Eu preciso de Ti!”. A oração é separar um tempo para ter comunhão com o Criador e Sustentador do universo. É o coração que anseia por um conhecimento íntimo do nosso Redentor. A oração é conhecer a Deus. Não há vitória fora desse conhecimento. Mas, estou convencido de que “enquanto buscarmos ao Senhor, Ele nos dará vitória”. Ele agiu assim com Uzias. Ele agiu assim com a Igreja Primitiva. Ele tem agido assim com os grandes homens e mulheres da fé, através dos séculos. E Ele fará isso por nós. Ele não mudou e Seus caminhos também não.

Por Sammy Tippit – Pastor Batista, Escritor e Conferencista Internacional

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