Multiplicar discípulos em Rondônia é nossa missão – Pr. Messias Barbosa

          O Senhor Jesus começou a sua igreja enviando-a ao mundo com uma missão. Hoje, a missão permanece a mesma: multiplicar discípulos em toda a terra começando por Jerusalém, no nosso caso, Rondônia.

A igreja precisa lutar para se manter na missão recebida do Senhor, pois, quando dela se afasta, perde-se pelo caminho e pode até continuar parecendo uma igreja, mas, na essência, torna-se diferente daquilo Jesus planejou e perde a capacidade de ser sal e luz. Como disse o Pr. Bil Hybells, impressionado diante das ruínas das torres Gêmeas: “A igreja de Cristo, do Jeito que Cristo sonhou, é a esperança do mundo.”

Então, com a missão dada, conhecida e recebida, cabe-nos buscar sabedoria do alto para cumpri-la com a maior eficácia possível.

Mais uma vez, o Senhor da igreja não nos deixa à deriva. Inúmeros textos nos ensinam sobre como cumprir a missão. O livro de Atos – o manual por excelência para o crescimento da igreja – está recheado deles.

Um desses textos é Atos 5.42: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.”

Só neste pequeno versículo encontramos uma riqueza imensa de princípios para a igreja do Senhor em Rondônia, ou em qualquer outro lugar do planeta, cumprir bem a sua missão de multiplicar discípulos.

Primeiro, para multiplicar discípulos, a igreja precisa aprender a não se restringir a um determinado dia da semana. O texto começa dizendo “todos os dias…” Igrejas multiplicadoras de discípulos já entenderam:  não podem mais ser a igreja do domingo ou da quarta, mas da segunda, da terça, da quarta, da quinta, da sexta, do sábado do domingo… enfim, de todos os dias. Mais afrente veremos como.

Em segundo lugar, a igreja precisa entender que não deve e nem precisa  ficar confinada a um determinado lugar da cidade, isso é possível multiplicando os endereços onde a igreja se reúne. O versículo continua dizendo “… no templo e nas casas.” Estamos vivendo uma redescoberta dos lares como extensão da igreja através dos PGMs (Pequenos Grupos Multiplicadores). Lá no PGM, a igreja vai viver diariamente, de maneira simples e informal, os quatro pilares de sua sustentação. Se quiser, pode chamar isso de “os quatro Es”: Encontro, Exaltação, Edificação e Evangelização.

Em terceiro lugar, a igreja precisa entender que o trabalho de multiplicar discípulos não é um trabalho sazonal ou ocasional, mas incessante. O texto diz: “não cessavam…” Muitas vezes desanimamos quando os resultados não vêm imediatamente. Então cessamos o esforço da evangelização discipuladora.  Quando isso acontece é mais difícil recomeçar. Melhor é persistir, confiando  os resultados ao Senhor.

“Não cessavam” indica persistência, mas também sugere volume, Isto é, a igreja deve inundar a sua Jerusalém com a mensagem salvadora e libertadora do Evangelho de todas as formas possíveis, mas, principalmente, transformando membros em líderes, para implantar o maior numero de PGMs possível e distribui-los ao seu derredor durante os dias da semana e em vários horários  alcançando mais gente e multiplicarndo mais discípulos para o Senhor.

Em quarto lugar, o texto fala em “ensinar e anunciar a Jesus Cristo”. Isso implica em um trabalho tanto coletivo como individualizado. Durante as duas últimas décadas ou mais, a igreja praticou o  discipulado basicamente como transmissão da verdade, normalmente no ambiente de uma classe de EBD. Nada errado com isso, mas precisamos retomar à prática do discipulado pessoa a pessoa, onde há transmissão de verdade e vida. Na visão de Igreja Multiplicadora, apoiada e estimulada por nossa convenção em todo o estado de Rondônia, isso é chamado de RD (Relacionamento Discipulador).

            Todo membro da igreja deveria ter pelo menos um nome em mente para cada uma das seguintes perguntas: “Quem cuida de você?” e, “De quem você cuida?” Esse trabalho demanda tempo e precisa começar já. Trata-se da formação de uma mentalidade discipuladora dentro da igreja, se expandindo para fora dela, com o objetivo de alcançar os “desigrejados”. Assim, a igreja vai criando raízes e espalhando seus ramos para mais longe na multiplicação de discípulos.

Aliás, RAÍZES é uma palavra chave para a evangelização discipuladora, pessoa a pessoa. Cada letra fala de uma atitude necessária para que aconteça o RD. Relacionar, Agregar, Interceder, Zelar, Ensinar a verdade, Solicitar contas. A Junta de Missões Nacionais tem produzido livros excelentes que explicam bem tudo isso. Esses livros podem ser solicitados através da nossa convenção.

Enfim, “Multiplicar discípulos em Rondônia é nossa missão” é um tema que nos desafia a perguntar: “Qual é a minha parcela de contribuição na seara do Senhor?”

Recebemos a missão, ela está dada. Recebemos a instrução sobre como avançar no cumprimento da missão. Recebemos poder para testemunhar através do Espírito que habita em nós. Então o que nos falta? Basicamente duas coisas: nos dispor e unir esforços, pois a tarefa é por demais extensa para que a realizemos isoladamente. Juntos faremos mais e melhor. Essa é a hora.  Como diz um dos nossos hinos missionários, “O tempo chegou, é hora de agir!” Disponhamo-nos! Multipliquemos discípulos em Rondônia!

 

 

Por  Pr. Messias Barbosa, IB Filadélfia, PVH

Publicado na Revista de Missões Estaduais da Convenção Batista de Rondônia, edição de 2017.

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