A Cultura de Sua Igreja é Tóxica? 6 Sinais de Alerta

Cada igreja tem um cultura, mas você sabe se a cultura de sua igreja é tóxica? Mais importante ainda, como você sabe se você está criando, como líder, uma cultura de igreja tóxica.

Eu tenho interagido com muitos líderes de igreja (e leitores deste blog) e a triste realidade é que não faltam experiências e histórias de igrejas com cultura tóxica. Mas, não tem que ser deste jeito, e certamente não é sempre assim.

Os líderes são os arquitetos da cultura. Você cria uma cultura quer queira, quer não. Para moldar uma cultura saudável é necessário estar ciente dos sinais de cultura tóxica e os sinais de cultura saudável. Eu já postei sobre os primeiros sinais que indicam que uma pessoa possa ser tóxica. Mas, as organizações tem sinais diferentes daqueles dos indivíduos.

Então, como você sabe se a cultura de sua igreja é tóxica? Quer você creia, quer não, a Bíblia dá conselhos incríveis. Quanto mais eu lidero, mais eu uso Gálatas 5:16-22 como um exame de saúde para mim individualmente e para qualquer coisa que eu lidere. Ele descreve o que é saudável e o que não é, para mim como líder e para a igreja.

Abaixo eu esbocei 6 sinais de alerta que são uma aplicação prática deste texto. A propósito, esta é a primeira parte de uma série de duas partes que concluirei mais tarde nesta semana.

Minha próxima postagem será sobre como criar uma cultura saudável na igreja, e mais tarde nesta semana, eu mandarei por e-mail um pdf grátis sobre nossa missão, visão e valores culturais na Igreja Connexus, onde eu sirvo, para todos da minha lista de e-mail. Se você quer se conectar por e-mail, pode assinar minha lista de e-mail grátis aqui.

Por enquanto, aí vão os 6 sinais que indicam que a cultura de sua igreja é tóxica.

  1. Os políticos ganham

Um sinal contundente de que a cultura é tóxica é que você tem que fazer política para conseguir fazer qualquer coisa.

Você sabe que as coisas se tornaram políticas em sua igreja quando:

  • As decisões raramente são feitas da maneira que supostamente deveriam ser.
  • A maioria da decisões acontecem fora das reuniões ou dos processos normais.
  • Você não consegue um sim sem dar algo em troca.
  • Para ser ouvido você tem que fazer lobby.

Se você está sempre manobrando, fazendo lobby e cortejando favores para que a decisão certa seja tomada, é um sinal que a organização está doente.

Na igreja local ter que fazer política para ganhar é, com certeza, um sinal de que há pecado. Quando você faz o que diz que irá fazer do jeito que disse que faria, você traz saúde para a organização.

  1. O que é dito publicamente é diferente do que aconteceu privadamente

Um outro sinal de que as coisas estão se tornando tóxicas é quando o que é dito publicamente é diferente do que aconteceu privadamente.

Quando cada questão vira uma confusão e nada pode ser dito publicamente sem que aja um “acordo” sobre o que é dito primeiro, as coisas estão ruins.

É claro que há momentos quando a situação é delicada e você vai querer ‘fazer um acordo’ sobre o que é dito publicamente para que cada coisa dita, honre a todos os envolvidos, mas em muitas organizações poucas coisas que se realizam privadamente podem ser anunciadas da mesma maneira publicamente.

E para estar seguro . . . quando você estiver construindo qualquer tipo de declaração pública, você deve prestar atenção nas palavras que usa e até talvez encontrar concordância nelas. Mas o produto final nunca deve ser o oposto, nem diferente do que realmente aconteceu.

Eu tive a sorte de ser parte de várias organizações saudáveis. Eu amo quando as pessoas me puxam de lado e me perguntam (cochichando),”Então, qual é a verdadeira história?” e eu lhes digo, “De fato, está é a história.”  Viver este tipo de cultura realmente o ajuda a dormir à noite também.

  1. Você lida com o conflito falando das pessoas e não com as pessoas

A regra de ouro diante de um conflito é esta: fale com a pessoa com quem você tem um problema, não sobre ela. Em muitas igrejas e organizações o contrário é verdadeiro. Pessoas falam sobre pessoas, em vez de falarem com elas. A igreja deveria ser a MELHOR organização do mundo em lidar com conflito, mas frequentemente somos a pior.

Na próxima vez que você quiser falar sobre alguém (isto é fofoca), fale com ele/a. Se você não pode ou não quer fazer isto, há algo errado. Preste atenção!

Quer saber o que está errado na maior parte das vezes? Você está fazendo fofoca, e isto é errado.

Tentar resolver um conflito fofocando sobre a pessoa com que você está zangado é como tentar apagar o fogo jogando gasolina nele…. só piora as coisas!

É claro que de vez em quando, você precisa do conselho de um amigo sobre como abordar a situação. Quando eu estou nesta situação, eu tento imaginar que a pessoa de quem falamos está ouvindo tudo o que eu digo. Mesmo que ela não escute, a possiblidade dela ouvir “diz muito”.

Eu sempre consigo acertar as coisas? Não, mas é uma grande prova de integridade e eu tento viver dessa forma. Se você quer mais, eu esbocei 7 passos para lidar com o conflito de maneira saudável nesta postagem.

  1. Brigas na igreja são coisas normais

Conflito é normal, brigas na igreja, não deveriam ser. Porém, muitas congregações estão perpetuamente no “modo briga”. Um dia é por causa da música, no outro por causa do carpete e noutro por causa de um membro do staff.

Quando as igrejas falham no ponto 3 aqui acima, elas veem as brigas como coisas normais.  Uma outra razão porque as igrejas brigam regularmente, é porque as preferencias pessoais passaram na frente da missão da organização.

Essencialmente, os membros decidem que o que eles querem é mais importante do que o que os outros querem ou a igreja precisa para progredir.

Quando isto acontece, essencialmente joga uma pessoa egoísta ou um grupo contra os outros. E quando isto acontece, tudo se dissolve.

Se a sua igreja está em conflito, não é mistério saber porque não está crescendo.

  1. Há uma mentalidade do ‘nós’ e ‘eles arraigada

A igreja deve ser sempre um ‘nós’ e não um ‘nós’ e ‘eles’. Fundamentalmente, ser um cristão nos faz morrer para nós mesmos e ressurgir para algo maior do que nós mesmos. Alguns cristãos se esquecem disto.

Se a mentalidade ‘nós’ e ‘eles’ existe entre grupos na sua igreja ou entre sua igreja e a comunidade, é fatal para a saúde e o crescimento. O trabalho do líder é erguer a visão alto o suficiente e urgente o suficiente para que todos nós tornemo-nos maiores do que qualquer um de nós. Unida a igreja sempre fará mais do que faremos divididos.

  1. Ninguém assume responsabilidade

Então, quem vai dar um jeito na sua igreja?

Ninguém.

Alguém.

Qualquer um, menos eu.

Enquanto os acontecimentos sejam sempre culpa de alguém, as coisas nunca vão melhorar. Um último sinal de que sua igreja é tóxica é que ninguém se responsabiliza por nada. Ao contrário, as pessoas sempre culpam os outros.

Você pode culpar a cultura, o pastor, o líder ou qualquer um, mas até que você assuma a sua responsabilidade, nada vai melhorar. A culpa é o oposto da responsabilidade. Os líderes que conseguem parar o ciclo da culpa e assumem a responsabilidade tem o potencial de introduzir uma mudança real.

Mas, você diz, “eu não sou o responsável por tudo isso”.  É verdade, mas provavelmente você é responsável por alguma parte disso. Reconheça o que você pode, reconheça tudo o que puder. Se ninguém mais faz isso, ainda assim, assuma a responsabilidade.

Você ficará mais saudável e se eles não ficam, você poderá sair e eventualmente juntar-se a uma igreja mais saudável. Saúde atrai saúde.

Carey Nieuwhof

Tradução: Hedy Silvado

Fonte: 6 Warning Signs Your Church Culture is Toxic – Carey Nieuwhof do Tweet de https://twitter.com/thomrainer/status/711253472868483072?refsrc=email&s=11

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