Intencionalidade na evangelização – Pr. Márcio Tunala

Em minha experiência profissional, antes de me dedicar em tempo integral ao ministério pastoral, trabalhei em duas empresas americanas que dominavam o mercado mundial na área de químicos. Uma coisa aprendi com as gigantes da indústria química: nada é por acaso, tudo é calculado. Essas empresas sabiam exatamente o que estavam fazendo e onde queriam chegar. Fui treinado por eles para produzir. Os alvos das companhias eram restritamente vinculados à posição no mercado e faturamento, mas uma coisa posso afirmar: eles eram totalmente intencionais em suas decisões. Ao perceber a maneira como são focados em busca de benefícios temporais, sou desafiado a refletir sobre minha conduta em relação aos objetivos que tenho como cristão no exercício dos mandamentos que geram resultados eternos. Geram vida!

Como devemos agir no cumprimento da ordem dada por Jesus de fazer discípulos? Algumas palavras me vem à mente neste momento:
Intenção: Esta é a primeira palavra que quero apresentar. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros […]”

Sem sombra de dúvida o amor de Cristo é propositado, altamente comprometido com a restauração de vidas. Jesus nos chamou para produzir muitos frutos bons.

Urgência: Na terceira palavra quero relembrar que: cada cristão tem a nobre tarefa de apresentar Jesus às pessoas – isso se dá quando vivemos Cristo. Discipular é ensinar e servir de modelo. O apóstolo Paulo desafiou os crentes em Corinto dizendo: “Sede meus imitadores, como também eu sou imitador de Cristo” (1Co 11.1). O cristão que vive e cumpre os mandamentos se torna exemplo e tem a urgência de ver pessoas se rendendo a Cristo e recebendo salvação eterna.

Paulo, escrevendo aos cristãos na Galácia, nos revelou a intensidade com que executava sua missão: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19). Há uma convicção na entrelinha desta declaração: “não vou desistir, vou continuar investindo, nada vai me fazer parar”. Paulo sabia o que queria e tinha uma visão clara de onde aqueles homens chegariam.

O relacionamento discipulador continua sendo a forma adequada de cumprir o “ide, fazer discípulos” em nossos dias. Quando agimos com seriedade e compromisso à Palavra, e amamos verdadeiramente a Deus sobre todas as coisas e ao próximo incondicionalmente, Cristo nos abençoa e faz com que frutifiquemos para honra e glória dele.

 

Por Márcio Tunala – Pastor da Igreja Batista do Bacacheri em Curitiba – PR, e autor do livro Pequeno grupo multiplicador: compartilhando o amor de Deus por meio dos relacionamentos.

 

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